Gravidez psicológica

A pseudociese, ou gravidez psicológica, atinge ainda muitas mulheres pelo mundo. Mas já foi mais comum. Há algum tempo atrás as mulheres eram criadas e educadas para a vida materna e, quando algo impedia ou dificultava essa realização, o psicológico abalado impactava a biologia do corpo. Hoje em dia, a frequência, felizmente, diminuiu. As possibilidades da mulher se expandiram, e hoje a maternidade deixou de ser o principal objetivo feminino, diminuindo a incidência de pseudociese.
Na gravidez psicológica a mulher tem sintomas idênticos aos de uma gestante e pode haver o aumento do abdômen, como em uma gravidez real. Cria na mulher a certeza de estar esperando um bebê, independente de exames sanguíneos ou ultrassons não acusarem a presença de um feto. A mulher tem inclusive a produção de leite materno!
Os neurotransmissores que estão relacionados com o estresse que origina a pseudociese podem alterar a produção hormonal. Entre os sintomas de gravidez ainda podemos incluir sentir movimentos do bebê na barriga e até mesmo contrações como se estivesse em trabalho de parto.
Apesar de não ser o único motivo, o surgimento da gravidez psicológica está associado principalmente ao forte desejo de ser mãe. É comum também ocorrer com mulheres que têm histórico de fortes abalos emocionais relacionados com episódios de aborto espontâneo, por exemplo.
Apesar de não existir uma gestação, é preciso levar a sério casos de gravidez psicológica, pois não é algo passageiro, que se cura sozinho. É preciso um acompanhamento psicológico e médico, para atestar a não existência do feto e as motivações para o desencadeamento. No tratamento, a mulher aprende a lidar com seus medos e possíveis traumas. Não é incomum o uso de medicamentos para regular níveis hormonais e até mesmo o uso de medicamentos psiquiátricos.
Não tratar a gravidez psicológica pode afetar a capacidade da mulher de engravidar, uma vez que o estresse é uma das principais causas de infertilidade.
Fonte: Bebê Abril, Tua Saúde